Sob governo Lula, disparidade salarial dispara: mulheres passam a ganhar 20% menos que homens

A disparidade salarial entre homens e mulheres durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou em 2023. Segundo o relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, as mulheres ganharam, em média, 20,7% menos do que os homens. Essa diferença foi noticiada nesta quarta-feira, 18 de setembro de 2024.

O documento foi elaborado com base em dados de 50 mil empresas com cem ou mais empregados. Esta análise é uma exigência da Lei de Igualdade Salarial, aprovada em 2023, que obriga as empresas a entregarem essas informações.

O Que Justifica a Desigualdade Salarial?

No primeiro relatório divulgado pelo governo em março, a diferença salarial era de 19,4% desfavorável às mulheres, com base em dados de 2022. Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, argumenta que a desigualdade no mercado de trabalho decorre do fato de as mulheres geralmente ocuparem cargos com salários menores.

Quais os Impactos de 2023? Como Isto Afetou as Mulheres?

Em 2023, houve um forte crescimento na geração de empregos para mulheres, mas, de acordo com Paula Montagner, as vagas criadas pagam menos. “Então, a diferença se ampliou um pouco. Esses postos de trabalho precisam de salários maiores”, afirmou Montagner.

Médias Salariais entre Homens e Mulheres

No ano passado, a média salarial das mulheres foi de R$ 3,5 mil, enquanto a dos homens foi de R$ 4,4 mil. Montagner sugere que o próximo passo é dialogar com os estabelecimentos que apresentaram melhores resultados para compartilhar boas práticas com outras empresas brasileiras.

A lei determina que empresas com cem ou mais funcionários que não publicarem o relatório de transparência salarial serão multadas em até 3% da folha de pagamento, com um limite de cem salários mínimos. Segundo Montagner, nenhuma companhia foi multada após a divulgação do primeiro relatório. “A gente vai tentar conversar com as empresas”, afirmou ela. “Primeiro educa e, se a empresa for resistente, é multada.”

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