Brasil
“Pensei que não ia resistir”, conta a artesã D’Ane sobre contrair covid-19 após cirurgia
Em homenagem ao Dia das Mães, a Prefeitura de Araguaína continua com a série de entrevistas “Mães que vencem”. A segunda personagem é a artesã D’Ane Oliveira, de 39 anos, mãe de Joaquim Pietro, de 12 anos, e Maria Eliza, de 10. Ela contraiu o coronavírus durante a recuperação de uma cirurgia e conta como foi precisar voltar ao hospital ainda debilitada para tratar a covid-19. O objetivo da série é mostrar histórias reais de superação vividas por mães araguainenses diante da doença.
D’Ane contou que precisou dar entrada no serviço de emergência hospitalar devido uma crise dolorosa no abdômen. Foi submetida à cirurgia para retirada da vesícula em 24 de março, recebeu alta e voltou para casa. Alguns dias depois, começou a sentir sintomas de covid-19, foi à unidade de referência e testou positivo para a doença sendo orientada a realizar o tratamento em casa.
Ela relatou que, com apenas 12 dias de pós-operatório, passou mal. “Éramos só nós duas, eu e minha filha, ali naquele momento, eu estava bem, levantei para tomar água quando tudo começou a descompensar. Notei tanto medo na minha filha tendo de procurar a vizinha para chamar o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ver o desespero nos olhos dela foi um momento terrível na minha vida, me apavorei com o medo de morrer e deixar meus filhos”.
Segundo D’Ane, o SAMU chegou muito rápido e ela foi levada ao Hospital Municipal de Campanha, onde ficou internada durante 21 dias. “Voz de mãe é tudo. Porque minha mãe sempre temeu que algum de nós pegasse essa doença. O medo não era de sequela, era de morte mesmo, de deixar os que amamos. Foi nisso que pensei quando a equipe médica veio falar em intubação”.
Sobre os dias de internação, sete deles intubada, D’Ane contou que teve muito medo. “É uma doença que não se explica, num momento você está bem, no outro pode estar numa cama de UTI respirando por meio de aparelhos”.
Atendimento médico
A artesã agradeceu ao serviço médico-hospitalar na cidade, segundo ela muito atuante, orientando e esclarecendo todas as dúvidas. A melhor parte do dia, relatou, era quando recebia um tablet e conversava por videochamada com a família. “O agir rápido dos médicos, com a direção de Deus, salvaram minha vida”, concluiu D’Ane.
Mensagem para outras mães
Para as pessoas, principalmente as mães, que estão passando pela mesma situação, a mensagem de D’Ane é que “pensem em suas famílias, pensem em Deus. Que sua fé seja mais forte do que qualquer coisa. O nosso amor de mãe por nossos filhos faz com tenhamos forças nos momentos difíceis”.
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