Equador está sob apagão energético

O Equador enfrentou um apagão nacional nesta quarta-feira (19), afetando diversas regiões do país por várias horas. As autoridades estão trabalhando para resolver o problema, conforme relatado pelo ministro das Obras Públicas, Roberto Luque, em uma publicação no antigo Twitter.

De acordo com Luque, uma falha na linha de transmissão causou uma desconexão em cascata, resultando na falta de eletricidade em escala nacional. O apagão teve início por volta das 15h20 no horário local (17h20 no horário de Brasília), e até as 21h (horário de Brasília), cerca de 95% da energia no país já havia sido restabelecida.

A prefeitura de Quito pediu desculpas pelo ocorrido e mobilizou todos os equipamentos técnicos para garantir o controle e a segurança dos cidadãos. Agentes de trânsito foram designados para lidar com o fluxo de veículos, e protocolos de segurança no metrô de Quito foram ativados.

Luque destacou que esse evento é um reflexo da crise energética enfrentada pelo país, resultante da falta de investimento em geração, transmissão e distribuição de energia. Cidades da região andina, como Quito, Ambato e Riobamba, conseguiram recuperar 100% do fornecimento de energia até as 21h. No entanto, em outras cidades, como Guayaquil, apenas 41% do serviço havia sido restabelecido, e a recuperação total pode levar até o final da noite.

Questionado sobre a possibilidade de o problema se repetir, Luque afirmou que é pouco provável. A Associated Press relatou que o apagão ocorre dias após o governo equatoriano anunciar novos cortes de energia em todo o país devido a problemas de produção.

Apesar de algumas áreas terem enfrentado apenas 20 minutos de corte de energia, canais de comunicação locais e usuários nas redes sociais relataram que o problema persistia na maioria das cidades, inclusive em zonas hospitalares.

Desde o ano passado, o Equador vive uma crise de geração elétrica, resultando em racionamentos em todo o país. O governo do presidente Daniel Noboa chegou a programar cortes de luz de 8 a 12 horas diárias durante o horário letivo em abril, mas essas restrições foram gradualmente reduzidas.

As usinas hidrelétricas Coca Codo e San Francisco paralisaram suas atividades devido aos fortes temporais de inverno no país, que trouxeram grande quantidade de resíduos aos reservatórios.

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